Sinopse - Drunmon é um redguard que veio de hammerfell com a "missão" de conhecer toda Tamriel, começando, obviamente por hammerfell e depois Skyrim, infelizmente ele é pego acidentalmente numa emboscada junto com os rebeldes, conhecidos como stormcloaks, mas dessa parte vocês (que provavelmente já jogaram Skyrim) já sabem, a história começa com ele prestes a ser executado, confira abaixo.
- Crônicas de Drunmon parte 1 - Ressurgimento da besta:
- Então lá eu estava, prestes a ter um machado atravessando meu pescoço lado a lado. Toda a população
da vila que eu mal sabia o nome observando minha morte, alguns com olhar de pena, outros com olhar de raiva - provavelmente estão me confundindo com os rebeldes vestindo colraças esbejeadas - a pior parte não era a morte, e sim a vergonha de morrer. Não poderia ter minha encerrada ali, seria uma vergonha para a minha familia. Viver a outra vida lembrando que fui morto sem motivos. É nessas horas que me arrependo de ter saido nessa jornada para conhecer toda a Nirn. "Porque não fiquei na minha casa em Hammerfell e vivi uma vida normal?" eu me pergunto.
Tudo foi tão rapido.
Mas seguindo a lógica da coincidência naquela hora um ser, até aquela hora mitológico, apareceu das nuvens surgindo de trás de uma montanha, pousou de forma destrutiva em uma torre vigia que ficava logo ao lado da pedra de execuções, era um dragão. Na hora do pouso causou um impacto tão grande que causou um balanço nas extruturas daquelas terras que fez com que, por "sorte", o homem com o machado tropessase antes que pudesse me decepar. Meus problemas não acabaram, afinal um dragão que
certamente possuia muito poder estava logo ali.
Ouvi um rugido - O céu escureçeu
Ouvi outro rugido - Meteoros começaram a cair. Uma onda de vento me empurrou para longe.
Meio inconciente e incapacitado ouvi uma voz falando para eu me levantar, deitado no chão olhei para o lado e vi quem era a pessoa gritando. Um dos rebeldes encouraçados. Pensei comigo "é por causa deles que estou aqui. É uma boa idéia aceitar a ajuda?"; deixei o rancor de lado, recuperei a conciencia e me levantei. Entrei numa torre onde estavam alguns rebeldes feridos com o incrivél poder do dragão, e uma pessoa que dizia ser o lider dos rebeldes, não tenho a minima ideia de quem seja e sequer sei do que se trata a rebeldia.
Contanto que me ajudem a permanecer vivo fico ao lado deles.
Esses rebeldes me olharam com uma cara de espanto. Parece que não gostam de mim, talvez me achem estranho pelo fato de que não tem tantos redguards em Skyrim, mas o olhar deles não tinha apenas estranheza, mas conseguia também perceber um certo desgosto em suas faces. O homem que me guiou até a torre me mandou segui-lo até a parte de cima da torre, tive que obedecer, não conhecia essas bandas então não sabia qual era a melhor rota para fugir. No andar de cima tinha outro rebelde tentando empurrar algumas rochas para livrar a janela da torre de repente o dragão abre um buraco na parede do segundo andar da torre lançando rochedos para todos os lados, o rebelde que estava trabalhando foi atingido, morreu na hora. Tanto eu quanto o rebelde que me ajudou demos um pulo para trás para não sermos atingidos, mas uma pedra do tamanho da minha cabeça atingiu meu braço esquerdo, "você está bem?!", perguntou o rebelde encouraçado, "O dragão já foi *Ugh* vamos continuar", eu respondi. Não tinha outro jeito de sair da torre. Muitas pedras estavam no caminho, o único jeito era pular da torre pelo buraco que o dragão fez, tinha uma estalagem destruída do outro lado, poderia pular para lá sem problemas. "Vá, depois eu te encontro. Ali *aponta*, tem uma torre daquele lado, podemos escapar pela caverna que tem lá dentro, vou acabar meu negócios por aqui e te encontro lá", sem pensar duas vezes eu pulei, cai no segundo andar da estalagem destruída, não pude conter o impacto, afinal meus braços estão amarrados.
Saí da estalagem. Encontrei o homem que estava ao lado do executor, ele estava ajudando uma criança que ficou perdida no meio da confusão. "Prisioneiro, já não temos mais interesses em mata-lo", ele me falou, "você pode ser de grande ajuda, siga-me se quer viver".
Depois de tudo não sei quem é a presa e quem é o caçador.
- Crônicas de Drunmon parte 2 - Honra:
- Eu, junto com o imperial, corremos em direção da torre vigia, segundo ele lá tinha uma saída da vila, e parecia ser o mesmo lugar que o rebelde chamado Ralof me indicou, parece que esses imperiais são inimigos dos rebeldes, se chegar na torre junto com o oficial sabe-se lá o que ele vai pensar. Estávamos correndo e desviando das chamas daquele dragão, eu parei por uns segundos e olhei pro céu: aquele dragão estava claramente olhando pra mim enquanto me rondeava. "Porque você parou?! Já tá desistindo?" berrou o oficial, olhei pra ele e corri de novo.
Porém, quando eu menos esperava o dragão pousou estrondosamente na minha frente, eu cai no chão por causa do tremor e ele, um pouco mais atrás, manteve o equilíbrio e sacou sua espada. Antes que eu pudesse me levantar o monstro me olhou nos olhos e disse, em uma maneira um tanto quanto humana, "Lost vahzah", não faço a mínima ideia do que significa, deve ser alguma língua de dragão. Ele deu um impulso com as asas e levantou voo, a luz do sol brilhava em suas costas, só podia ver sua silhueta, e, novamente, ele grita "Dovahkiin daal!" e ruge logo depois. Levantei-me e voltamos a correr.
Logo após a nossa entrada no portão do pátio onde fica a torre vigia eu pude ver Ralof. O oficial não gostou nada de vê-lo ali, "Suma do meu caminho, traidor", Ralof respondeu "Estamos escapando, Hadvar. Você não nos deterá desta vez", Hadvar provavelmente é o nome do imperial que eu segui. Eu estava logo atrás dele, percebendo a posição estratégica, Ralof me fez um sinal para dar o primeiro golpe, obedeci. Dei um chute certeiro na coluna dele, que o fez tropeçar na direção do rebelde, que prontamente embainhou sua espada e decapitou o oficial. "Fez uma escolha inteligente, redguard" cumprimentou Ralof, fiz um sinal de positivo com a cabeça. Ele me mandou entrar na torre, disse que ia logo depois, cheguei na porta e tornei a observa-lo, ele cravou sua espada no peito do corpo de Hadvar, e lá ficou. O rebelde olhou pra mim, e provavelmente percebeu minha cara de quem não entendeu esse ritual. "Minha espada carrega a fúria de todos os inocentes mortos pelas mãos dos oficiais do império, cravo minha espada em seu coração pra simbolizar a vingança dessas almas", o rebelde tentava justificar o seu feito. Não contive a raiva. "Uma morte não justifica a outra" retruquei. Ficamos um tempo em silêncio numa troca sombria de olhares. "Vamos entrar, afinal, não queremos ser mortos pelo dragão", dizia Ralof enquanto passava do meu lado tentando evitar outro contato visual, obviamente uma tentativa de fugir do assunto. Parece que os rebeldes não conseguem achar uma justificativa plausível de suas ações, mas não parei pra discutir, entrei logo após ele.
Lá dentro tinha uma sala vazia, empoeirada, com uma mesa ao fundo, um corpo com a mesma couraça se encontrava ao chão, Ralof estava ajoelhado ao seu lado. "Gunjar, que sua alma descanse em paz em Sovngarde", devia ser algum ex-companheiro de batalha dos rebeldes, "Redguard, qual o seu nome?", ele perguntou. Eu já sei o nome dele, nada mais justo de ele saber o meu. "Drunmon, do deserto Alik'r", respondi. "Guerreiro Drunmon, pegue o equipamento do Gunjar aqui, ele não precisará mais dele", fiz um sinal de negativo com a cabeça, "Um guerreiro morre com sua farda, e assim deve permanecer". O rebelde suspirou e impacientemente falou "Faça como quiser".
Segundo minha concepção de morte em batalha, uma pessoa que morreu com sua farda terá sua honra retirada se um desconhecido usa-la.
- Crônicas de Drunmon parte 3 - Stormcloak:
- Estávamos presos ali dentro, haviam três portas: a primeira foi por onde entramos, se sair morreríamos ou nas mãos dos imperiais ou diante das chamas do dragão, a segunda estava trancada e a terceira também. "Ambas as portas estão trancadas, o que faremos?" Ralof tremulamente falou num tom meramente desesperado, não tardou muito até ouvirmos barulhos de passos, ele disse que eram oficiais do império, "você não tem nenhuma arma portanto permaneça atrás de mim", eu não aprovo matar a menos que eu seja atacado primeiro, mas nessas condições um ataque seria fatal, aceitei a proposta.
O portão se abriu, eram dois imperiais: um vestindo uma armadura leve de couro e outro vestindo uma armadura pesada de metal do império. Ralof deu o primeiro ataque, atingiu a região do dentado maior direito do imperial, sua armadura de couro não o salvou, ele se agachou no chão pra tentar estancar o sangue. Logo em seguida veio o outro com a armadura pesada sacando sua maça, o rebelde não parou e fez um ataque reto na direção do peito, danificou a armadura, mas não atingiu a carne. Houve o contra-ataque do soldado com sua maça laminada. Atingiu o braço dele, que não pode conter a dor, as lâminas da maça fizeram um corte relativamente profundo no antebraço do rebelde. Isso fez com que sua espada caísse ao chão o impedindo de prosseguir com a batalha, o soldado preparava-se pra desferir o ataque final, porém eu não poderia deixar uma pessoa que me ajudou morrer dessa forma, eu corri detrás da parede da torre e rapidamente peguei a espada de Ralof do chão e usei-a para bloquear o ataque de misericórdia. O imperial balançou e aproveitei essa vantagem para atacar, fiz um corte profundo no pescoço dele, era uma cena que eu não gostava de ver, mas foi necessário. Ambos estavam no chão, um morto e outro talvez desmaiado, o corte feito nele não foi fatal, mas será se ninguém resgata-lo num período de tempo.
"Você maneja bem essa espada, muito pelo contrário do que eu pensava" disse o rebelde apoiado na parede, olhei para ele confuso "pelo contrário...?" perguntei, "é, eu pensei que aquela história de honra era apenas uma desculpa, pensei que você nunca teria pego numa espada". Não sabia se levava aquilo como elogio ou insulto. "Quem são vocês?" perguntei, "Nós? Quer dizer os Stormcloaks? - me respondeu com uma cara de espanto - não nos conhece? Somos os verdadeiros filhos de Skyrim, somos um grupo revolucionário, nós estamos tentando recuperar nosso território de volta expulsando todos os elfos, orcs, imperiais e todas as raças não nórdicas do nosso território", houve um silêncio por um tempo, um frio e sombrio silêncio. "Eu... eu gostaria que soubesse que eu sou redguard", respondi encarando ele olho no olho "N... Não, eu não me expressei bem, eu quero dizer, expulsar aqueles que invadem nosso território sem permissão, esse oficiais do império por exemplo, eles entraram aqui junto com aqueles elfos querendo banir o culto do nosso deus, Talos, e aplicar suas leis aqui", outro breve silêncio. "Porque vocês estavam prestes a serem executados?", mais uma pergunta. "Foi uma emboscada dos imperiais, não era nenhuma batalha nem nada, eles simplesmente nos atacaram num momento de fraqueza e nos capturaram", obviamente não acreditei, "vocês falam tanto desses oficiais do império... quem são eles?", surgiu um certo ódio na expressão de Ralof, "eles são fantoches dos Thalmors, aqueles... aqueles... - ele suspirou e se acalmou - os thalmors são uma organização de elfos que entraram em Skyrim e sem mais nem menos começaram a banir o culto de nosso deus, e os imperiais seguem suas leis, nós, stormcloaks, lutamos contra eles em busca de nossos direitos", obtive a resposta, "e para isso acontecer vocês, 'stormcloaks', pretendem expulsar todas as raças não nórdicas daqui? expulsar todas as raças não nórdicas de uma província inteira?" ele não me respondeu. depois de um tempo ele falou "escolha agora, está do nosso lado ou do lado desses cães dos thalmor? Dependendo da sua resposta você não saíra daqui vivo, redguard" , não pude negar que fiquei meio abalado com a reação, mas ele deveria ser só mais um briguento que não sabe defender suas idéias "estou do meu lado, nórdico- e empurrei-o - se quer me matar agora venha, só que não facilitarei pra você", não tinha uma arma, mas estava seguro que se ele partisse pra cima eu estaria preparado.
Não posso dizer quem está certo, pelo que entendi os stormcloaks são pessoas que querem seu território de volta, até aí tudo bem, mas eu não aprovo seus métodos. Mas ainda preciso ouvir as explanações da boca de um imperial pra tirar minhas próprias conclusões, por enquanto estou do lado de quem me ajudar a permanecer vivo.
- Crônicas de Drunmon parte 4 - Matar:
- Num clima meio tenso eu andava um pouco atrás daquele que recentemente me ameaçou. Estávamos no nosso caminho para fora daquela vila amaldiçoada, Ralof frequentemente olhava pra trás, acho que não confia em mim.
Chegamos no final do corredor, Ralof abriu a porta e observou outro corredor. Olhou mais no fundo e viu dois oficiais do império, "um prisioneiro. Pegue-o!" eles berravam. O rebelde não exitou e avançou na direção deles. Eu estava logo atrás e desconfiei de uma coisa, o teto, relativamente longe do chão, estava meio rachado, nos dando a possibilidade de observar a luz que vinha de fora e nessas condições pude ver a sombra do dragão, ele estava logo em cima de nós, a sombra ia ficando maior e mais densa, logo percebi.
Aquele dragão ia pousar.
"Não vá por aí!" gritei para Ralof. Ele, no momento de adrenalina, virou a cabeça, mas não parou. O teto desabou em cima de suas cabeças e por pouco não me atinge, debaixo dos escombros estavam, certamente mortos, os três. Olhei pra cima na direção do buraco feito pelo dragão mas não pude ver nada, meus olhos estavam acostumados com a escuridão desse lugar, pude ver o vulto do dragão, que não fez nada em relação a mim. Corri em direção a única porta que eu tinha acesso sorrateiramente. Abri a porta devagar para não fazer barulho, vi ali mais dois imperiais falando que estavam com medo desse dragão, talvez por isso não saíram dessa sala para ver a origem do barulho, por causa de um pilar bem no meio da sala eles não tinham como me ver. Bem ao lado da porta que eu acabava de entrar havia um suporte com uma espada, logo peguei.
Eu hei de fazer o primeiro golpe, e o golpe tinha de ser fatal, eles tinham armaduras pesadas e eu apenas um manto rasgado cobrindo meu corpo. Dei a volta no pilar e me aproximei sorrateiramente das costas do oficial que aparentava ser mais forte, seria agora ou nunca. Dei uma rasteira nele que fez com que ele caísse de lado no chão. Logo que ficou de costas comecei a apunhala-lo de forma brusca, foi muito rápido. O outro imperial me percebeu rapidamente e partiu pra cima. Veio um golpe lateral, defendi com a espada, uma mão no cabo e outra na lâmina, um pouco mais de força que ele usasse e eu cortava minha própria mão. Com ambas as mãos ocupadas me restaram os pés, apliquei um chute em seu abdômen que o empurrou pra trás e o fez dar de costas na parede. Aproveitando a situação empurrei minha espada em seu peito, ele gemeu e relaxou, sangue saia de sua boca.
Não tinha mais negócios ali, abri a porta do outro lado da sala e entrei, era uma pequena sala vazia com escadas ao fundo, e eu ia descendo a torre.
Tudo que eu ouvia de minha posição eram gemidos de dor, um calafrio me subia a espinha: era uma sala de tortura. Tinham dois homens ali e duas mulheres rebeldes dentro de jaulas, uma delas parecia estar morta e a outra chorando desesperadamente, o torturador era o mais velho e o outro parecia ser seu assistente, ele fazia perguntas para a mulher, era agonizante. Se a pobre garota respondesse qualquer coisa que ele não queria ouvir ele lançava uma especie de magia que fazia ela gritar de uma maneira horrível. Não muito tempo depois eles saíram da sala, eu entrei. A coitada estava dentro da jaula chorando. Peguei um molho de chaves em cima da mesa, eram as chaves das jaulas, "você esta bem? Qual é o seu nome?" perguntei, "m... me ajuda... por favor." ela respondeu. A jovem rebelde não aparentava ter mais forças, então eu abri a jaula e carreguei ela, era uma jovem bonita, com cabelos ruivos e olhos verdes, estava pálida. Como alguém seria capaz de fazer uma coisa dessas com uma moça tão bonita?
Passei ao lado de uma porta, provavelmente essa porta levaria para onde estavam os dois torturadores, passei reto e cheguei numa área onde havia correntes de água e algumas pontes, e lá haviam mais imperiais. Eram como ratos, não acabavam mais. Pelo que pude espiar tinham três com espadas e dois no outro lado com arcos, seria uma batalha difícil, a moça estaria em perigo se eu levasse-a comigo, então encostei ela na parede, parecia que depois de tanto sofrimento estava cansada, dormiu rapidamente nos meus braços. Saquei a espada e avancei, um felizmente peguei de surpresa matando rapidamente, mas isso serviu para avisar os outros que eu estava lá, os arqueiros prepararam seus arcos e miraram enquanto os outros oficiais partiam pra cima, um ataque reto em direção do meu tronco, desviei e minha espada atravessou seu pescoço decapitando-o. Mal pude comemorar a vitória e uma flecha atravessou meu braço, por sorte foi o braço esquerdo, e eu sou destro, a segunda flecha passou longe, mas ainda tinha outro guerreiro pra cuidar. Ele usava a mesma armadura pesada de metal do império, e usava um machado de duas mãos. Veio um ataque em direção a minha cabeça, porém eu fui mais rápido e abaixei, cravei minha espada de baixo pra cima em seu abdômen. Corri para o outro lado do pátio com a espada em mãos e tentando desviar-me das flechas que vinham em minha direção. Agora era a linha reta, onde eu era alvo fácil para os arqueiros, tentei correr em zigue-zague para não ser atingido pelas flechas, o primeiro tentou largar o arco no chão e sacar a adaga, mas fui mais rápido e com apenas um golpe arranquei sua cabeça. O outro atirou mais uma flecha que passou de raspão no meu braço direito, mas prossegui com o ataque e cortei fora o braço que segurava o arco, ele soutou um berro e eu cravei minha espada em seu peito, caiu. Mas aí eu lembrei que tinham cinco na sala, olhei pra trás e não vi o que restou. Peguei o arco daquele arqueiro pra mim e ia voltando para pegar a ruiva. Então ouvi um barulho no lugar que havia deixado-a, corri para lá com o arco preparado, e vi aquele imperial preparando sua espada para matar a garota, logo me percebeu. Antes que ele pudesse reagir eu atirei a flecha, foi um tiro perfeito, a flecha atingiu entre suas sobrancelhas.
Dei um suspiro e sentei, não pude conter o cansaço.
- Crônicas de Drunmon parte 5 - Aracnofobia:
- Quando sentei para descançar em pouco tempo acabei dormindo.
Era um sono profundo após uma ardua batalha. Não fazia idéia de quanto tempo tinha passado até que acordei com um barulho de passos, era ela. A mulher que eu tinha salvado tinha acordado, eu vi ela andando naquela sala onde eu tinha matado os imperiais. Estava mancando, deveria estar com sequelas do que fizeram com ela naquela sala de tortura. Quando vi levantei para para-la, ela olhou para trás e me viu e então começou a correr mesmo mancando. Eu continuava a correr atrás dela. Então chegamos num caminho sem saída, era uma ponte levadiça com uma alavanca, ela tentou puxar mas estava sem forças, e sabendo que não podia mais fugir ela embainhou a espada. "P... pare aí", sua voz estava fraca e sua mão páldia estava tremendo, eu sabia que ela não podia fazer nada nessas condições. "Acalme-se, eu não vou machuca-la", ela ficou um tempo parada com a espada armada e então percebeu suas condições e largou a espada.
"Quem é você?" ela logo perguntou, olhei pra ela e tornei a olhar para frente. "Um andarilho" respondi. "Você... você é de Hammerfell, né?" ela tornou a perguntar. "Os curiosos morrem cedo - respondi - você não tem mais força pra nada, então fique atrás de mim", Puxei a alavanca para abrir a porta levadiça e continuei andando para uma caverna que tinha mais adiante. Ela ficou parada lá me encarando, sabendo disso sem olhar pra trás eu disse "Não seria problema nenhum pra mim deixar você aí para ser capturada pelos imperiais de novo". Ela fez um expressão de susto e começou a me seguir. Mesmo andando ela não parava de perguntar coisas impertinentes como "como você chegou aqui?", "você é um soldado de Alik'r?". "Você era bem menos irritante dormindo" eu falei, e ela ficou quieta.
De repente chegamos numa parte da caverna onde as paredes estavam forradas de teias de aranha, o cheiro daquele lugar era horrível e potencialmente tóxico. Então ouvi um barulho vindo do teto, lá estavam elas: as aranhas frieiras descendo de suas teias. Eram cinco delas, duas grandes e três pequenas. Desde que entrei em Skyrim já sabia dessas aberrações que viviam ao sul do continente nas áreas mais geladas, um jato de seu veneno era mortal. Lutar era inútil. Se minha pele entrar em contato com aquelas patas de aranha eu já fico envenenado, não posso arriscar. "Tome isso e corra pra aquele lado" apontei para uma abertura na caverna enquanto entregava meu arco e algumas flechas para a ruiva. "O que você acha que pode fazer? Esses bichos vão te matar se você lutar sem armadura" ela falava enquanto pegava o arco. "Eu não vou lutar, mas vai logo." respondi rapidamente. Nesse meio tempo as aranhas chegaram ao chão e a mulher já estava no lugar onde eu havia indicado. De onde eu estava podia avistar uma espada de cor verde escura, aparentava ser de oricalco, material de orc. As aranhas avançaram em mim rapidamente, e a expressão de medo no rosto da garota não saia, eu pulei por cima delas e cai perto da espada, peguei a espada e levantei. Olhei para trás e vi as aranhas me cercando. Não tinha o que fazer, de um lado estava a parede da caverna e na minha frente as aranhas venenosas, o que eu podia fazer era pular por cima delas de novo, mas dessa vez não tinha espaço para pegar impulso, seria arriscado tentar. Se ao menos uma dessas aranhas estivesse um pouco deslocada eu poderia arriscar o pulo. Foi aí que aquela garota mostrou sua utilidade, ela conseguiu matar uma das aranhas com apenas uma flechada, daí eu peguei a espada e corri pela brecha que ela havia criado e cheguei do outro lado da caverna onde havia outra passagem. "Vamos logo antes que elas cheguem aqui" falei pra ela. "Não precisa, olha", ela abriu a mão e começaram a sair faíscas, que se transformaram em chamas. "Você é feiticeira?" eu falei. "Não, sou maga de batalha" ela respondeu.
Magos de batalhas são pessoas que usam tanto magia quanto espadas, normalmente usam a magia para suporte, como curar ferimentos, incendiar ou congelar o inimigo e usam a espada como fonte principal do dano. Então ela lançou fogo no chão onde as aranhas estavam passando, impedindo que elas pudessem atravessar, as duas aranhas grandes ainda estavam vivas, mas não eram burras de passar naquelas chamas.
"É bom irmos andando, fogo de mago não costuma permanecer aceso por muito tempo" ela falou e virou as costas, e continuamos andando. "Você percebe que acaba de arriscar sua vida por causa de uma espada?" ela falou com uma cara de brava. Eu suspirei e respondi "você não sabe nem meu nome e já esta se preocupando comigo". "Eu já perguntei pra você seu nome, esqueceu?" a expressão de raiva na cara dela não saía. "Hmpf. você primeiro" respondi. "Eu sou Talline Bontieve, pelo contrario de você eu confio nas pessoas" ela respondeu rapidamente. "Drunmon" eu falei, praticamente interrompendo ela. "O que?" ela respondeu. "Por Tava, meu nome é Drunmon!" respondi. Ela ficou assustada, acho que acabei gritando.
- Crônicas de Drunmon parte 6 - Riverwood:
- Passamos por uma entrada que levava a um "pátio" da caverna, era uma parte mais aberta e era possível ver um pouco a luz do sol, logo do outro lado podia-se ver um urso dormindo com vários restos de carne de animais ao lado,onde nós estávamos tinha uma carroça com alguns repolhos, hidromel e um elmo de ferro com dois chifres cujas pontas eram para baixo. Não pensei duas vezes, peguei ele para mim. "O que você pretende fazer com esse capacete ridículo?" comentou Talline. "É só para proteção" eu respondi, mas na verdade tinha adorado a aparência daquele elmo. "Bretã, me da meu arco" falei. "Eu tenho nome" ela disse enquanto me entregava o arco.
Mirei o arco no urso adormecido e atirei. Acertei na costela dele, porém não foi o suficiente pra matar, o urso acordou, soltou um rugido e correu em nossa direção. "Droga! Corre, bretã" eu berrei para Talline. Ela correu no sentido oposto ao dele e eu fiquei onde estava com a espada na mão. Ele avançou em mim pronto para me abocanhar, mas eu esquivei e com a espada de oricalco fiz um corte no urso que rugiu de novo, de dor dessa vez. Com sua pata ele tentou me golpear, e me acertou de raspão arranhando meu braço, meu contra-ataque foi breve, cortei o pescoço do urso, mas não matou. Sua grossa camada de pelo impediu que meu golpe fosse mortal, mas com certeza a dor foi imensa, tão imensa que o urso recuou, fazendo uns grunhidos que explicitavam sua dor. Ele recuou, mas eu não. Avancei mais uma vez e apliquei outro golpe no pescoço no mesmo lugar onde já tinha cortado e esse com certeza foi fatal. O urso rugiu mais uma vez e caiu, estava agonizando. Apliquei o golpe de misericórdia para acabar com o sofrimento dele e depois chamei a bretã, encontrei a saída. Era uma fenda com neve em suas bordas, afinal nevava muito em Skyrim.
Aquela saída levou ao fundo de uma montanha que ficava atras da vila que foi amaldiçoada pelo dragão. "Ah! A luz do sol, finalmente - Talline estava aliviada, deveria estar trancada naquela sala de tortura por muito tempo - já tinha até esquecido como era sentir o calor do sol na pele, apesar de estar um pouco frio agora". Eu não expressei, mas estava muito aliviado também. Mas o alivio durou pouco, logo escutamos um rugido, dessa vez não era de animal nenhum, era o dragão. Ele passou logo acima da montanha, pelo que parece ele não nos percebeu ali e foi embora até sumir no horizonte. "P... por Talos! o que era aquilo?!" surpreendeu-se a bretã. "É um dragão, é por causa dele que eu não estou morto agora" expliquei. "Mas era pra eles serem apenas lendas" falou Talline. "Aquilo era muito real, acredite. - expliquei - o que você acabou de ver foi o estopim da volta dos dragões. Um de seus amigos Stormcloaks estava comigo e ele me explicou sobre esses monstros, infelizmente ele veio a óbito lá dentro, seu nome era Ralof". Ela fez uma cara de espanto. "Você conhece ele? Ele morreu?" questionou a bretã. "Sim, o teto da caverna desabou sobre ele" respondi. Ela não ligou muito, acho que ele não era tão importante quanto dizia.
"Eu não conheço nada daqui de Skyrim, tem alguma ideia de onde estamos?" perguntei. "Eu acho que sei. Essa trilha vai levar a uma vila pequenina chamada Riverwood, eu conheço alguns moradores de lá. Se quiser me seguir eu te indico um amigo meu para te ajudar" ela disse. Fiz um sinal positivo com a cabeça e andamos seguindo a trilha.
Chegamos na beirada do planalto, era uma vista linda. Abaixo era possível ver um riacho com algumas cascatas no final e atrás tinha mais uma montanha, ela é enorme. No pé da montanha tem uma ruína, já li sobre ela, túmulo das cataratas sombrias. Pelo que sei atualmente esta populada por bandidos e draugrs. "Vamos, daqui já da pra ver a vila. Bem ali" ela disse com um sorriso no rosto e apontando para o horizonte. "Está feliz?" perguntei. "É claro, fazem dias que não venho pra cá, não é legal ficar trancada numa jaula por tanto tempo" a bretã respondeu rapidamente.
Após andarmos mais um pouco chegamos na vila que ela mencionou, era uma vila pacata, apesar de ser bem longe de seu governo. "Um dragão! Eu vi um dragão." uma velhinha gritava, acho que ela viu o mesmo dragão que acabara de atacar aquela outra vila. "Faendal!" Talline falou após ver um elfo que estava passando. "Talline? é você mesmo? Pelas divindades, você esta bem?" O elfo cujo nome era Faendal parecia preocupado. "Estou sim, eu estou vindo de Helgen. Aquele dragão passou por aqui?" Ela perguntou. "Sim, ele passou. Foi muito rápido e ele não causou nenhum mal, porém é difícil pensar que uma criatura daquelas vive entre nós. - ele respndeu - mas espera, você disse que veio de Helgen? O que diabos você fazia naquela vila? Lá só tem imperiais. E quem é esse com você?" ele perguntou. "Ele é um amigo, ele me salvou da tortura dos oficiais do império" ela respondeu. O elfo fez uma expressão de espanto "T... tortura?!". "Eu já disse que estou bem, eu explico durante o jantar" ela falou. "Jantar...?" ele respondeu.
Agora é cerca de oito horas da noite, estamos na casa de Faendal. Parece que vamos passar a noite aqui. Eu estava faminto, e provavelmente a bretã também estava, afinal ela estava numa jaula possivelmente sem se alimentar. Faendal, o elfo, estava cozinhando. "Então, redguard. O que faz aqui em Skyrim?" ele me perguntou. "Estou só de passagem" respondi. "Uma coincidência aquele dragão aparecer em Helgen justamente na hora que você estava por lá, não?" o elfo perguntou, queria puxar assunto. Eu deduzi que Helgen fosse aquela vila que quase fui executado pelos imperiais. "Pois é" eu respondi de maneira bem seca. Ficamos um tempo em silêncio. Talline continuou, "Drunmon aqui estava sendo executado injustamente por aqueles oficiais do império", não gostei nem um pouco dela falar meu nome pra alguém que eu nem ao menos conhecia. "Injustamente?" ele questionou. Eu respondi dessa vez, "sim. Eles capturaram alguns rebeldes, 'stormcloaks' certo?, e coincidentemente eu estava no mesmo lugar e eles me levaram junto". "Eu acho esses oficiais do império ridículos. Acham que tem o direito de matar qualquer um" Faendal respondeu e a bretã concordou. "Enfim, temos que fazer alguma coisa sobre esse dragão. Qualquer ataque aqui e Riverwood vai ruir, como aconteceu com Helgen" Talline exclamou. O elfo respondeu "eu acho que deveríamos ir até Dragonsreach em Whiterun e falar com o próprio Balgruuf sobre isso, deveríamos fazer com que ele pelo menos mandasse alguns guardas pra cá". "Ótima ideia, Faendal. Partiremos amanhã rumo a Whiterun então" respondeu a bretã
- Crônicas de Drunmon parte 7 - Whiterun:
- Eu posei na casa de Faendal essa noite, mas não tinha opção, era a casa dele ou a rua. Quando acordei percebi que todos já tinham saído da casa, acho que esses aí acordam com as galinhas. Eu levantei da cama e arrumei-a, pois devo aderir bons modos sabendo que não estou na minha casa, depois juntei minhas coisas e saí pela porta. Eu vi Faendal do lado de fora da casa cortando lenha. "Já esta acordado, Drunmon? Bom dia" cumprimentou o elfo. "Estou partindo. Vou para Whiterun" respondi. "Desse jeito? O caminho até lá tem muitos lobos. Esta querendo contrair junta empedrada?" avisou Faendal. "Eu não tenho nada para vestir" respondi. "Não tem problema, eu posso lhe dar minha armadura reserva, é de couro, mas é melhor que nada" ofereceu. Entramos de volta na casa dele e ele tirou do baú uma manopla, um par de botas e um peitoral de couro e me mandou vestir. Eu agradeci "obrigado pela sua ajuda. Vou indo embora". "espera, leva isso também" disse o elfo enquanto me entregava um arco, dessa vez mais curvo e mais preciso, dez flechas e uma espada metálica. Agradeci novamente e tomei meu rumo
Quando estava no caminho de sair da vila acabei encontrando Talline entrando pelo portão com um cadáver de um coelho na mão. "Bom dia, Drunmon. Já temos almoço" ela falou. "Não vou ficar pro almoço" respondi. "Mas... mas onde você vai?" perguntou. "Vou pra Whiterun" respondi. "Ah! Então fique mais um pouco, depois do almoço eu vou pra lá também então poderíamos ir juntos" ela falou empolgada. Fiz um sinal de positivo com a cabeça, mas acho que não soou nada amigável.
Comecei a pensar na minha situação. Passei toda minha vida sozinho, caçando meu próprio alimento em florestas e desertos, nunca vivi de outra forma desde que um incidente em Hammerfell causou a morte da minha família, e hoje eu olho pra mim mesmo e me vejo limpo, de barriga cheia, protegido e o mais intrigante: vivendo com pessoas que me querem bem. Olho pra frente e vejo Talline e Faendal me chamando pra almoçar em frente a uma fogueira próximo ao lago. Não consigo conter a felicidade e dentro de vários anos sorrio pela primeira vez.
"A comida estava deliciosa, Talline. Venha mais vezes aqui pro almoço" disse Faendal. "Sabia, só gosta de me ver aqui quando é pra fazer comida" ela respondeu rindo e Faendal riu também. A bretã percebeu que eu não ri junto e falou "Drunmon, porque você é tão quieto e sério?". "D... desculpa. Eu sou desse jeito" respondi. "Não precisa se desculpar, mas tente descontrair mais" o elfo respondeu. "Vou tentar" eu respondi de uma maneira bem seca e os dois ficaram me encarando, e então começaram a rir de novo. Eu sinceramente não entendo como eles ficam rindo a toa sem nem ao menos estarem bêbados. Depois disso eu e Talline partimos em direção a Whiterun.
Encontramos um lobo no caminho, mas não foi nada demais, eu atirei uma flecha nele e ele caiu. Após um tempo de caminhada chegamos no território de Whiterun, tinha alguns estábulos e algumas fazendas na parte de fora das muralhas, na entrada tinha alguns guardas a postos em pequenas guaritas de madeira e dois a postos no portão principal da cidade, fui me adentrando até que um dos guardas me parou. "Alto! A cidade esta fechada por causa do ataque do dragão em Helgen" ele falou com uma voz meio rouca. "Justamente por isso estamos aqui, precisamos falar com o Jarl a respeito disso" Talline respondeu. O guarda olhou para o outro que estava do outro lado do portão de braços cruzados, ele fez um sinal de positivo com a cabeça. O guarda virou para nós de novo e falou "Certo. Entrem, mas estamos de olho", e entramos.
Era uma cidade bonita até. Era grande e aparentemente segura, logo na entrada tinha uma forja um tanto quanto... incomun, porque quem aparentemente a gerenciava era uma mulher, coisa rara nos tempos de hoje. "Você conhece esse lugar?" perguntei pra bretã. "Sim, já morei aqui por um tempo. Até me mudar pra Windhelm junto com os rebeldes - ela respondeu - tá vendo ali em cima da colina? Aquele castelo? Ali é Dragonsreach. Lá que estamos indo". Apenas concordei com a cabeça.
Passamos por uma area comercial, aquele parecia ser o centro da cidade. Haviam barracas de comerciantes e alguma lojas fixas. Com o ouro que achei jogado naquela torre de Helgen talvez eu consiga comprar alguma coisa, talvez uma espada nova. Subimos algumas escadas e chegamos numa praça com uma arvore ao meio, podia-se ouvir um crente do deus nórdico Talos berrando, ele falava alguma coisa sobre opressão, mas não demos atenção. Era uma cidade um tanto quanto barulhenta pro meu gosto, eu fico imaginando se todas as províncias de Skyrim são assim.
Chegamos no castelo do Jarl, tinham 3 guardas no topo da colina de onde ele era localizado, dois estacionários na frente da porta e um que ficava andando ao redor, não era uma segurança tão forte, mas deveria servir se algum grupo bandidos invadisse. Nós entramos no castelo e os guardas que ali estavam não falaram nada, talvez os outros guardas que nos receberam na entrada de Whiterun já haviam informado todos sobre nós.
- Crônicas de Drunmon parte 8 - Comprometimento:
- O palácio do Jarl é muito grande, maior do que qualquer outra cidade do reino, logo ao entrar podia-se ver uma escada que levava ao salão principal, com duas grandes mesas cheias e uma lareira ao centro com um fogo que iluminava todo o salão, que por sinal não tinha janela. O Jarl estava sentado em seu trono discutindo com uma outra pessoa, talvez seja seu conselheiro. Avancei em direção a ele, até que uma mulher elfo me impediu colocando sua mão no meu peito. "Qual o motivo dessa interrupção? Não percebe que o Jarl está ocupado?" a elfa me perguntou impaciente. Quando olhei pra trás vi a bretã Talline me encarando com um olhar de "como você é burro" cerca de 2 metros de mim, aí eu percebi que tinha feito besteira em simplesmente avançar desse jeito.
Aí a bretã foi me socorrer. "É sobre o ataque do dragão. Nosso amigo aqui estava presente no local no momento que ele destruiu Helgen" ela disse. "Nesse caso..." disse a elfa estressada antes de ser interrompida pelo Jarl. "Você é a pessoa na qual os guardas estão falando? Estava te esperando. - pelo jeito realmente estava ansioso em me ver, afinal ele parou de discutir com seu conselheiro para falar comigo - Proventus, volte ao trabalho. Terminaremos isso depois" ele disse. Então começou a me observar de cima abaixo, parecia estar me examinando. "Quer dizer então que você, redguard, estava em Helgen. Me diga, o que estava fazendo lá?" ele perguntou. "Visitando um parente" respondi. Era mentira, lógico. Não contaria a ele que eu estava sendo executado. "Pergunto pois você tem cara de turista, parece que veio a Skyrim recentemente. - como ele poderia saber isso com apenas uma olhada? - Qual é o seu nome?" ele perguntou. Acho que ele é uma pessoa de confiança, direi a verdade dessa vez. "Drunmon" respondi. "Prazer conhece-lo Drunmon, eu sou Balgruuf. Agora me diga, como era aquele dragão?" ele perguntou novamente. Minha memória daquele momento estava bagunçada, deve ter alguma coisa haver com aquelas palavras que o dragão gritou quando estava na minha frente. Demorei um pouco pra responder, então o Balgruuf se pronunciou novamente, "Esqueça, não me diga. Há uma pessoa aqui que quer saber isso mais do que eu. Meu mago da corte Farengar. Ele tem feito algumas pesquisas sobre isso, porém não resultou em nada. Talvez você possa ajuda-lo, afinal você viu um desses monstros em carne e osso" ele falou sorrindo e nos guiou até esse Farengar.
Quando entramos na sala Farengar estava numa espécie de mesa misturando algumas coisas numa vasilha com o objetivo de fazer poções, talvez seja alquimia. Em cima do balcão da sala de onde ele estava haviam alguns pergaminhos de magia, vários livros e grimórios, gemas que continham almas e vários outros artefatos mágicos. Eu sou completamente leigo nesse negócio de magia, pode até ser algo útil, mas é muito complexo pra mim. "Farengar, trago comigo uma pessoa que você talvez tenha muito interesse em conhecer" disse Balgruuf. Farengar era um tipico mago, com mantos encantados e capuz. "Quem poderia ser? Uma senhorita atronach que sabe falar?" disse o mago enquanto fazia sua alquimia sem nem ao menos olhar para trás. "Esse homem se chama Drunmon, ele tem conhecimento sobre os dragões e talvez ele possa te ajudar na sua pesquisa" do jeito que o Balgruuf fala parece que eu sei tudo sobre dragões. Nesse momento Farengar demonstrou interesse e parou de misturar os ingredientes. "Entendo... então é você aquele bravo guerreiro que lutou com o dragão que tanto falam por aí" ele falou, parece que os rumores sobre mim estão um pouco equivocados. Pude ouvir Talline dando uma risadinha atrás de mim. "A... acho que sim" respondi. "Então você deve fazer um favor pra mim, eu estou a procura de uma placa de pedra" disse o mago. E eu permaneci em silêncio. "Deduzo que você quer saber qual a importância de uma placa de pedra. O nome dessa placa é Tabuleta do Dragão, é um artefato histórico escrito em linguagem dragônica. Não tenho certeza de quem é o autor dessa obra, apenas sei que essa pedra é um mapa que nos guia a sepulturas de dragões, temos que saber a localização dessas sepulturas pois se os dragões realmente estão voltando a vida poderíamos destruí-los antes que eles pudessem reencarnar, compreende?" ele me explicou. "Mas como podemos saber se eles estão realmente saindo dessas sepulturas?" Eu perguntei. "Não podemos. Isso é apenas uma hipótese. Mas precisamos começar de alguma forma. E tem também uma grande chance dessa placa conter alguma informação importante para nós" explicou Farengar. Fiz um sinal de positivo com a cabeça. "Onde fica essa placa?" perguntei. "Esse é o principal problema. Minhas suspeitas são de que ela está no santuário do túmulo das cataratas sombrias. É um ruína nórdica que fica próximo de Riverwood. Mas existem várias ruínas nórdicas, a probabilidade da placa estar lá é pequena, e isso sem falar que existem os draugrs. - explicou o mago aflito - portanto, você esta indo para uma ruína perigosa, talvez mortal, pra buscar uma placa que não sabemos a utilidade sem saber se ela esta ou não realmente lá. Percebe sua situação?". Subiu um gelo na espinha, mas continuei com a mesma expressão. "Considere feito" falei e virei as costas. Talline e Farengar ficaram pasmos com a minha reação.
Ao sair do castelo Talline veio falar comigo. "Você tá ficando louco?! Viemos aqui apenas para pedir guardas em Riverwood, e você já conseguiu nos meter numa encrenca dessas" ela veio tentando iniciar uma discussão. "Você não precisa ir" eu falei e a expressão da bretã mudou e ela ficou um tempo me encarando até que ela voltou a falar. "Como assim não preciso ir?! E você? Porque acha que você precisa ir?" ela perguntou novamente. Eu não respondi e continuei a andar, não entendo porque ela se preocupa comigo, ela acabou de me conhecer. Mas não posso negar que me senti mal quando olhei pra trás e vi a ruiva coçando o olho tentando disfarçar as lágrimas que escorriam de seu rosto.
Será que amizade é isso? Uma pessoa se preocupar com a outra desse jeito?
Como posso saber, afinal nunca tive amigos
- Crônicas de Drunmon parte 9 - Civilização:
- Pretendo ir para os túmulos amanhã de manhã. Só não sei onde fico essa noite. Eu não acho que seja uma boa idéia ficar na casa do Faendal de novo, seria muito abuso da boa vontade dele. Acho que vou para uma estalagem aqui em Whiterun mesmo.
Agora são nove e meia da noite, passei o dia todo vagando por Whiterun, só pra conhecer mesmo, aquele crente que estava berrando hoje de manhã me deu um amuleto de Talos, ele falou que ele podia diminuir o tempo entre os usos do Thu'um, eu aceitei apesar de não saber o que isso significa. Nesse momento Talline deve estar furiosa comigo, ela voltou pra Riverwood. Eu não ligo, vou ficar na estalagem Pavilhão da Égua aqui em Whiterun.
Ao chegar a estalagem vi um grupo de bêbados cantando, eu parei e pedi um copo de hidromel, bebida nórdica alcoólica. Enquanto eu bebia um homem, nórdico provavelmente, chegou e sentou ao meu lado, seu ombro bateu no meu e me fez derrubar o copo.
- Olha só o que temos aqui, não é você aquele bravo guerreiro que matou um dragão ontem? - o homem tinha um bafo muito forte de álcool - aposto que não aguenta um soco meu! Gah hah! hah! hah! hah!
Ele gargalhava enquanto meu ódio aumentava. Eu pedi outro copo para a atendente e me afastei um pouco do bêbado ao meu lado. Eu bebi e fiquei um tempo ali sentado, apenas espairando os ânimos.
Quando olhei pro lado vi a atendente da estalagem sendo agarrada pelo mesmo homem que estava do meu lado.
- Você é uma gracinha, sabia? O que acha de ir para meus aposentos hoje? Gehehehe!
Era asqueroso. Ela tentava afasta-lo mas ele não desgrudava. Eu obviamente não podia ficar parado e observando. Rapidamente levantei e segurei o braço do nórdico alcoólatra.
- Ora, ora! Tentando bancar de herói? Vou te mostrar, seu preto!
Ele soltou a mulher e tentou me socar, eu desviei e virei outro na cara dele, que caiu sentado no meio do bar. Até que levei um soco na barriga de outro nórdico, estava bêbado também e provavelmente era amigo do outro que eu soquei. Eu olhei pra direção dele e vi mais três pessoas vindo em minha direção. Levei um soco no rosto e cai no chão também. "O que faz em Skyrim, seu inferior?", "Suma daqui! Oblivion é o seu lugar" eles diziam, todos preconceituosos. Acho que não vão dizer o mesmo quando eu fazer eles beijarem a lona. Levantei novamente e apliquei um golpe no rosto do mais alto, que foi nocauteado. O outro tentou desferir um chute na minha perna pra me fazer cair de novo, mas eu esquivei e fiz a sola da minha bota encontrar o peito dele, caiu também. E o último ainda estava de pé, meio aflito, mas querendo briga.
- Suma daqui logo - eu falei, ele correu pra fora do bar.
Quando olhei ao redor todos estavam olhando para mim. Coloquei a mão no bolso, tirei dez septims e coloquei em cima do balcão.
- Vou passar a noite, senhorita - falei e fui para um quarto da estalagem.
Eram onze horas da noite, ainda tinha algumas pessoas no andar de baixo da estalagem. Eu ouvi passos vindo em direção ao meu quarto, coloquei a mão na espada que estava em cima do criado-mudo, afinal poderia ser um dos nórdicos querendo vingança. A maçaneta da porta começou a girar, segurei a espada. A porta abriu e eu tomei um susto, era a mulher da estalagem.
- A... Ah! Me desculpa, não queria acorda-lo - ela disse ao me ver.
- Não estava dormindo.
- Eu... eu queria agradece-lo por me salvar aquela hora
- Não foi nada
Ela sorriu e disse - Se você precisar de algum serviço especial é só chamar, eu sou Hulda.
- Tu... tudo bem
Ela fechou a porta e eu me deitei.
Deve ser só mais uma vadia.
Já é manhã. Eu desci para o andar de baixo da estalagem e vi Hulda me olhando de um jeito esquisito, com um sorriso estranho. Quando sai da estalagem não deixei de notar a quantidade de pessoas me encarando, não era pra menos, afinal desde que cheguei só criei polêmicas. Uma sobre o rumor mentiroso de eu ter matado um dragão e outra sobre a briga que tive ontem. Tentei ignorar a multidão e tomei meu rumo em direção a saída da cidade. Estava com fome, mas não tinha mais dinheiro pro café da manhã.
Sai da cidade e fui em direção aos túmulos, cujos caminhos passavam por Riverwood. Meu medo era encontrar a Talline, ela certamente ia tentar me deter de novo.
Cheguei no caminho que passava ao lado de Riverwood, a única coisa que separava esse caminho da pequena vila era um riacho. Mas obviamente o carma me seguia. Literalmente trombei com a bretã, que assim como eu andava desatenta.
- Drun... mon? - ela falou surpresa.
- Bom dia, Talline - falei com uma voz meio tremula.
- Bom dia, onde você esta... - ela se interrompeu - Ah! Não me diga que está indo para aquela ruína para se matar? - Ela berrava.
- Não me detenha, será em vão
Ficamos um tempo sem falar nada. Ainda sentada ela falou.
- Você ainda não tratou essas feridas pelo seu corpo?
Se referia as feridas feitas naquela torre de Helgen.
- Já não dói mais, não se preocupe
- Fica parado, vou usar uma magia de cura em você
Uma luz amarelada saia da mão dela, ele dizia cura, mas mesmo assim eu estava com medo dessa magia se aproximando do meu corpo. Era uma sensação boa, eu olhava para o meu braço e via o buraco daquela flechada que levei se fechando lentamente. Após uns 30 segundos já estava completamente curado, mas ela continuava com a magia.
- Eu acho que já esta pronto - eu disse pra ela.
- Ah! É verdade - ela concordou comigo. Parecia distraída com alguma coisa.
Ela se levantou e disse - Vamos então?
- “Vamos”?
- Eu vou com você, e se você se ferir? Como poderei te ajudar?
- Já mandei não se preocupar, bretã.
- Tarde de mais, já estou me preocupando.
Levantamos e começamos a andar montanha acima, em direção aos túmulos. Percebia-se que quanto mais subíamos mais frio ficava e mais neve aparecia no chão. O chão era pedra, muito escorregadio. É incrível, só ventava em cima da montanha, na altura da vila não venta tanto assim, esse é o clima de Skyrim. No caminho tinha uma torre, duvido ter alguém dentro. Não tem porque alguém querer morar ali nessas condições. Mas quando chegamos mais perto observamos que tinha sim gente lá, na porta da torre tinha um orc, parecia estar de guarda. Tentamos passar reto, ignorando-o, mas não deu certo.
- Ei, vocês dois. Se quiserem passar por aqui tem que pagar uma tacha – o orc falou quando passamos.
Era um bandido, óbvio.
- Pra que? – perguntei.
- Pra que o que? Só paga e some daqui
- Você tem uma ordem que me obriga a pagar?
- Você não vai pagar, certo? – disse o orc enquanto pegava o martelo de guerra da suas costas e vinha andando para minha direção.
Peguei a espada de oricalco da bainha da cintura e falei no ouvido da Talline.
- Suba naquela pedra ali, vou distraí-lo. Tente mirar na cabeça.
Ela fez um sinal de positivo com a cabeça e subiu na pedra logo atrás da gente.
Começamos a correr um na direção do outro. Tentei fazer o primeiro ataque, mas sua armadura de ferro aparou o golpe. Ele tentou usar seu martelo pra acertar minha cabeça, mas o ataque foi lento e eu esquivei. Apesar de tudo minha situação era mais difícil, eu não tinha algum lugar efetivo pra atacar, o corpo todo dele era coberto de armadura de ferro, exceto o rosto, mas era difícil acertar. Tudo que eu precisava fazer era arrancar o elmo dele para Talline flechá-lo. Ele tentou aplicar outro golpe, dessa foi um golpe lateral, fazendo toda a parte de cima de seu corpo rodar, eu desviei novamente agachando e acabei encontrando a oportunidade perfeita para arrancar seu elmo. Aproveitando o momento em que ele tentava se recuperar do próprio ataque eu dei um chute vindo de baixo na nuca dele. O elmo voou longe e ele caiu de joelho no chão, Talline não tardou e abriu fogo. A flecha foi certeira e ele caiu morto. Olhei para a bretã e sorri de maneira aprovativa.
- Belo tiro – Falei.
- Obrigada – Ela respondeu enquanto descia da pedra.
- Vamos continuar subindo, não sabemos se tem mais deles aí dentro.
Continuamos andando até que avistamos um pouco adiante a ruína que buscávamos. Túmulo das cataratas sombrias. Possuía uma arquitetura gótica, parcialmente destruída apesar de parecer agüentar por bastante tempo ainda.
- Crônicas de Drunmon parte 10 - Bandidos:
- Certamente havia bandidos lá, portanto fomos andando devagarinho, de maneira furtiva para caso encontrarmos alguém poderíamos matá-lo mais facilmente. Subimos a escada que nos levava ao pátio exterior do túmulo, o que só provou minha teoria. Lá estavam três deles, três bandidos. Um tinha um martelo igual ao do orc que enfrentamos, outro tinha um arco e o outro usava um escudo e espada.
Fiz um sinal pra Talline atirar no arqueiro enquanto eu tentava apunhalar o com martelo, daí só sobrava o mais inofensivo, o que usa a espada e o escudo.
Dito e feito. Ela errou dessa vez, mas o tiro foi de grande ajuda, ela acertou a barriga do arqueiro, na região do abdômen. Foi um tiro fundo o bastante pra deixá-lo agonizando ao chão. Enquanto os dois outros bandidos tomavam um susto sem saber o que aconteceu eu dei uma volta tentando me esquivar do olhar deles, mas na hora de apunhalar eu falhei e acertei a lâmina bem no cabo do martelo que estava nas costas dele, o bandido obviamente me percebeu e me golpeou com as mãos. Porém antes que ele pudesse me encurralar eu rolei para trás, então ele pegou o martelo e partiu pra cima. Enquanto isso o outro viu a bretã e avançou nela também.
O bom de lutar com alguém que usa martelo de guerra é que eles são pesados, assim deixando os ataques mais lentos e mais fáceis de esquivar. E como todo bom bandido burro e acéfalo esse fez um golpe que veio de cima com seu martelo, que ficou preso no chão por causa da quantidade de força usada, deixando-o vulnerável a qualquer ataque meu. Fui pra trás dele e o decapitei rapidamente. Ao olhar para trás vi que a Talline ainda estava lutando com o outro bandido, mas ele estava com a vantagem, parece que ela esqueceu a adaga em Riverwood e estava só com o arco. Uma tremenda duma desvantagem. Quando observei o arqueiro no chão percebi que ele tinha uma adaga, uma pequena e mortal adaga metálica. Era uma oportunidade de eu treinar minha mira, peguei a adaga do chão e joguei. Foi uma cena linda, aquela pequena lâmina girando e girando no vento acertando a cabeça daquele bandido que não usava elmo. O corpo dele caiu no chão bem ao lado da Talline, que tentava se defender com o arco.
- Como você... Quando você...? – Talline estava confusa
- Não me pergunte. Isso nunca mais vai acontecer
Todos estavam mortos, exceto o arqueiro que estava ao chão, gemendo, com uma flecha acima do umbigo. Levantei a espada para aplicar o golpe da misericórdia, até a bretã interromper.
- Não faça. Ainda não
- Por quê? – perguntei
- As vezes ele tem algo pra falar pra gente. Alguma pista, talvez.
Eu acho furada tentar alguma coisa com esse bandido, as vezes ele fala coisa errada, não é confiável. Mas deixei-a perguntar.
- Ei, ei! Olha pra cá. – Ela falava enquanto dava uns tapas na cara do bandido no chão
O bandido olhou e fez uma cara de susto.
- Tem mais algum amigo seu aí dentro? – ela apontou pra entrada dos túmulos.
- T... Tem quatro. Por... Por favor, me deixe ir! – o bandido suplicava
- Você sabe de alguma placa de pedra com algumas coisas escritas?
- O que?!
Ela se levantou e falou no meu ouvido
- Pode fazer
Eu levantei minha espada e cravei no pescoço dele. E nós fomos em direção aos túmulos. Eu olhei pra trás. Vi ali três corpos no chão, deixados para serem devorados pelo tempo, talvez para servirem de alimento para algum lobo. Triste, mas é o destino, ou você mata ou é morto. O engraçado é que eu não pensava assim algum tempo atrás. Não sei se eu que estou me transformando num assassino ou se talvez eu esteja abrindo os olhos e vendo realmente do que sou feito. É isso, estou vendo do que sou feito, vendo do que o mundo é feito.
Abrimos aquela fria e pesada porta de pedra que nos dava a entrada aos túmulos, tentando fazer o mínimo barulho possível, sabendo que haviam mais quatro bandidos lá dentro. Lá dentro era cheio de teias de aranha, as paredes estavam meio quebradas e tinham dois pilares no meio do salão. Podia-se ver também alguns skeevers mortos e alguns corpos no chão. Inimigos dos bandidos talvez. Haviam dois deles no outro lado do salão, estavam conversando. Falando alguma coisa sobre uma garra dourada e outro membro da gangue que sumiu.
- Será que ele vai demorar pra voltar? Não quero ficar dentro desse lugar dos demônios – um deles dizia.
- Acalme-se, nós ainda vamos achar Arvel – a mulher falava
- Que se dane o Arvel, ninguém mandou ser burro e ir sozinho abrir a porta com a garra dourada!
- Pode tirar o cavalinho da chuva, não sairemos daqui sem a garra dourada do Arvel.
Eles mencionaram uma garra dourada, acho que isso é uma pista.
Fiz um sinal para a Talline novamente atirar na arqueira enquanto eu atacava o outro que tinha uma espada de duas mãos. Mas quando olhamos novamente vimos que os dois não estavam mais lá. Fomos um pouco mais pra frente para checar.
Eles estavam no lugar onde tinha uma barraca e uma fogueira, estavam fazendo comida, mas já não estavam lá. Sumiram do campo de visão, de repente ouvi um grito abafado, Talline que estava um pouco atrás de mim tinha sido pega pelo bandido com espada. Eles foram mais rápidos que nós.
Corri em direção a ela, o bandido estava segurando ela pelo pescoço contra um dos pilares. Dei uma cotovelada na costela dele, mas ele não soltava. Ela estava ficando pálida, e eu ficava cada vez mais furioso com aquele bandido que não largava ela, ele parecia um armário de tão grande. Então peguei a minha espada de oricalco e fiz um corte em suas costas que ia dês do ombro até a perna, ele gemeu e finalmente soltou ela, porém ele avançou em mim. Comecei a recuar, mas a arqueira me deu uma rasteira, e eu caí no chão.
Não sei mais o que fazer. Estava encurralado sem meios de escapar. Observei o bandido pegando lentamente o machado em suas costas e vindo em minha direção.
Última edição por Drunmon em Sex Dez 06, 2013 5:58 am, editado 9 vez(es)